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Imagem: Banco de Imagens

A adaptação à imersão digital acelerada pelo isolamento social é um dos fatores que ditará as relações de consumo no “pós-quarentena”. Em tempos como o que vivemos um ponto a não perder de vista é a reação dos jovens aos novos hábitos de consumo e a oferta entregue para supri-los. Como as marcas devem se portar frente à geração que transforma e guia comportamentos na sociedade?

Por este caminho, um dos desafios das marcas para o presente é o de se adaptar e entender o seu público e a forma em que as circunstâncias da COVID-19 afetam seu comportamento para melhorar sua entrega de valor. Quanto às novas gerações, percebe-se um maior senso de consciência e responsabilidade nas redes que, aliado a incerteza do futuro, desenha um movimento de consumo menos materialista e mais pautado no retorno do investimento, no significado das compras e na possibilidade de partilha da experiência.

O isolamento, que por um lado aponta mais autonomia e individualidade no trabalho e estudo remoto, por outro traz a conexão como um driver na vida do jovem, que vivencia um comportamento emergente de cuidado com a comunidade e anseia por interação. Neste processo, eles estão mais reflexivos e tendem a experimentar novas formas de se conectar com pessoas, entretenimento e educação, trazendo uma reavaliação do seu lifestyle.

Neste sentido, projetam-se oportunidades para marcas que dialogam com o sentimento de pertencimento e que estão ativas junto aos interesses sociais dos consumidores tanto no conteúdo que consomem quanto nas soluções que encontram para viver o isolamento.

Uma alternativa que marcas têm tomado para dialogar com este consumidor é encontrá-lo em plataformas digitais como o TikTok, que ganham força na medida em que suas narrativas têm sinergia com a diversão, imediatismo e pessoalidade que o jovem procura. Outra possibilidade que se destaca, neste contexto, é o crescimento dos games como mecanismo de interação por meio dos streamers que possibilitam a socialização durante a transmissão ao vivo de famosos do eSport ou de outros segmentos se aventurando nos jogos online.

A loja americana Showfields é um exemplo do varejo se conectando com este ritmo virtual. Seguindo o conceito de live commerce, inspirado no mercado chinês, a loja vem promovendo eventos com pessoas e produtos inovadores e de diferentes marcas em seu site oficial e no Instagram. Outro serviço impulsionado pelo momento é o da plataforma digital NTWRK, que se fundamenta na geração de conteúdo e exclusividade para promover eventos e vendas junto a marcas fortes no ambiente jovem.

Estas ferramentas, ao trazer integração e conteúdo em um espaço que dispensa contexto físico, se destacam, sobretudo, no presente momento. Com isso viabilizam um canal rápido e instigante para empresas que desejam implementar um modelo de negócio com impacto na cultura jovem. Para tanto, é fundamental que a conexão com este comportamento emergente implique em uma comunicação autêntica, criativa e integrada ao ecossistema da rede de forma a deixar claro o propósito da ação.

Com o impacto sociocultural e a adesão gradual destes novos hábitos de consumo, o monitoramento do consumidor é uma vantagem para as marcas mapearem suas ações e compreender o modelo mental das gerações que guiarão o mercado nos próximos anos.

fonte: Mercado&Consumo
imagem: Banco de Imagens